O DEPILADO - DEPOIMENTO

Posted by Unknown | Posted on terça-feira, outubro 13, 2009

  Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele
  horário em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia
  é segunda-feira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou
  brincando com minhas 'partes'.

  Após alguns minutos ela veio com a seguinte idéia: Por que não depilamos
  seus ovinhos, assim eu poderia fazer 'outras coisas' com eles.

  Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos
  fiquei imaginando o que seriam 'outra coisas'. Respondi que não, que
  doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas
  de depilação e eu imaginando as 'outras coisas' não tive mais como
  negar.

  Concordei.

  Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos
  necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente
  estava vagando pelas novas sensações, que só acordei quando escutei o
  beep do microondas.

  Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços
  de plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava
  com um ar de 'dona da situação' que deixaria qualquer médico urologista
  sentindo-se como residente.

  Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo. Pediu para que eu
  ficasse numa posição de quase-frango- assado e liberasse o aceso a zona
  do agrião. Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana
  e começou a passar cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! !

  O Sr. Pinto já estava todo 'pimpão' como quem diz: 'sou o próximo da
  fila'!!

  Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as 'outras coisas' que
  viriam
  Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no
  plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viagem.
  Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer:
  Na Thailândia, na China ou pela Internet mesmo.

  Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu
  um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um
  sonoro PUUUUTA QUEEEE O PARIUUUUUUU quase falado letra por letra. Olhei
  para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado
  grudado. Ela disse que ainda restaram alguns pelinhos, e que precisava
  passar de novo.

  Respondi prontamente:

  Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!
  Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, como
  quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e
  fui para o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos.
  Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molho o saco antes de molhar
  a cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo
  meu corpo. Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira
  um bebezinho novo: faz merda atrás de merda.
  Peguei meu gel pós-barba com camomila 'que acalma a pele', enchi as mãos
  e passei nos ovos. Foi como se tivesse passado molho de pimenta. Sentei
  no bidê na posição de 'lava xereca' e deixei o chuveirinho acalmar os
  'doutores'. Peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem
  abana um boxeador no 10°round. Olhei para meu pinto.
  Ele tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia
  irmão gêmeo de meu umbigo.

  Nesse momento minha esposa bateu na porta do banheiro e perguntou se eu
  estava passando bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou
  igual uma gralha. Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela estava
  argumentado que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que demorariam
  voltar a nascer.
  'Pela espessura da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, meus
  ovos vão ficar que nem os das codornas', respondi.
  Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar com meio metro de
  distância e sem tocar em nada e se ficar rindo vai entrar na PORRADA!!
  Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta). Naquele momento
  sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
  No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar. Os ovos
  estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi
  estranho sentir o vento bater em lugares nunca antes visitados.
  Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo
  e nada.
  Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem
  cueca mesmo.
  Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado.

  Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos. E passei o dia
  inteiro
  trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em
  qualquer superfície.

  Resta dizer: certas coisas tem de ser feitas somente pelas mulheres.
  Não adianta tentar misturar os universos masculino e feminino.

  Atenciosamente,

  O Depilado

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